O presente impõe formas. Sair dessa esfera e produzir outras formas constitui a criatividade
Hugo Hofmannsthal
Estive recentemente em Bruxelas a representar Portugal numa conferência sobre Criatividade e Inovação, que abordou o papel das artes, da cultura da criatividade e da inovação no mundo de hoje. Não resisto assim em partilhar algumas das ideias e conceitos que foram focados.
Vários estudos têm vindo a mostrar claramente, que dentro de 25 anos, as sociedades basear-se-ão nas emoções e nos enfoques criativos de cada pessoa. Não podemos assim deixar de ter em conta estas duas referências: a criatividade e a inovação, como referências prioritárias, não só para as instituições europeias, mas, essencialmente, para as nacionais e ainda como os pilares mestres do seu desenvolvimento e progresso.
Também é importante reforçar, neste actual contexto de crise económica e financeira, o papel que a cultura e as artes, enquanto manifestação da criatividade e a inovação, devem ter como parte da resposta ao problema da crise, contribuindo para mais soluções e novos processos, geradores de mais emprego.
O fim da era das certezas, das garantias é inevitável a curto prazo. Só assim, o potencial humano, pode revelar a verdadeira dimensão da sua importância no Investimento, Investigação, Educação, Inovação e Criatividade. Deste modo estaremos, certamente, a contribuir para um novo modelo mais justo, mais funcional e mais próximo das pessoas como um todo duma sociedade mais igualitária.
É sabido que o futuro da Europa depende do capital humano, pelo que é necessário ajustar as medidas, outrora implementadas, às realidades das exigências actuais tornando-as, deste modo, mais eficazes, não só em termos de oportunidade, mas também em termos duma objectividade mais realista.
De tal atitude resulta que o papel da educação, como meio para se atingirem fins mais inovadores com novas mentalidades, se deva revelar mais eficaz na formação de uma nova geração e no aproveitamento das suas inatas capacidades, potenciado um novo modelo, baseado no conceito de "aprender fazendo". A aposta é clara e fulcral.
Como já referi, a criatividade, resulta de uma mentalidade inata do homem, onde o surgimento continuado da inovação, vai perspectivar e conceder-lhe um novo estilo de vida, com um mesmo direito de oportunidades. Tenhamos em conta que este passo em frente deverá vir ancorado numa formação educacional e intelectual, para que a oportunidade de uma nova vida não seja um direito de uma elite.
Sintetizo com a ideia de que a Inovação e Criatividade, aliadas a um potencial qualificante, devem estar ao alcance de todos, por forma a que possamos encontrar o rumo de uma nova vida, a nossa própria melodia com que a encaramos e, o nosso próprio caminho.
Sem comentários:
Enviar um comentário