sexta-feira, 14 de maio de 2010

Idei@s_24_"Ni Hao desde Xangai"


“Se você quer um ano de prosperidade, cultive trigo.
 Se você quer dez anos de prosperidade, cultive árvores.
Se você quer cem anos de prosperidade, cultive pessoas.
Provérbio Chinês


Escrevo esta crónica desde Xangai, a maior cidade chinesa. Com cerca de vinte milhões e habitantes, Xangai é  a capital económica da China, um pais  que enfrenta um acelerado processo de urbanização e está consciente da eminente necessidade de uma reflexão universal profunda sobre o tema.

Xangai acolhe assim desde o dia 1 de Maio a maior exposição mundial subordinada ao tema “Melhores cidades, melhor qualidade de vida”  onde participam mais de 240 países  e organizações internacionais  e se espera a visita de cerca de 70 milhões de pessoas de varias nacionalidades.

Com esta exposição esperam-se respostas a algumas das questões com as quais as actuais sociedades se deparam. O que será que podemos esperar das cidades do futuro? Poderemos interagir, participar na sua construção de uma forma sustentável? Como poderemos assegurar o equilíbrio necessário para viver em harmonia com o ambiente urbano? 

Portugal, com um Pavilhão de 2.000 m2  e uma  impressionante fachada revestida de cortiça, feita com material nacional, reciclável e ecológico, apresenta-se na China como uma praça para o mundo e um mundo de energias, com inovação, boas práticas ambientais e mostrando como podem os edifícios das cidades contemporâneas ser mais sustentáveis. Durante esta primeira semana, as tecnologias de energia nacionais estão a ser apresentadas num seminário de alto nível que conta com a participação do Secretário de Estado da Energia, empresas nacionais e chinesas.

Neste momento faço parte de uma praça para o mundo, e tal como todos os portugueses que por aqui passam, um representante de um mundo de energias, um “embaixador” do nosso pais.

Zai jian!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Idei@s_23_"Energia, um compromisso com o futuro de Portugal e dos portugueses"

“Ele não sabia que era impossível. Foi lá e fez”
Jean Cocteau


No decurso dos últimos 4 anos e com a implementação do Plano Tecnológico e a Estratégia de Lisboa, Portugal conseguiu mudar tendências e posicionar-se no pelotão da frente em várias áreas, apresentando-se como líder na sofisticação e disponibilização de serviços públicos online, inovação e governo electrónico, entre outros. Os efeitos do Plano Tecnológico são hoje visíveis por toda a sociedade portuguesa, fazendo já parte da vida de todos os cidadãos, e o impacto das medidas para o crescimento e emprego da Estratégia de Lisboa mostram gradualmente os seu resultados.

Mas Portugal tem de estar preparado para os novos desafios emergentes e assumir uma posição clara no caminho a seguir. As questões ambientais e energéticas apresentam-se actualmente como as grandes preocupações das nações e das instituições europeias.  Neste campo, temos vindo a preparar terreno, apresentando-nos já como um país líder na sustentabilidade energética, e assumindo para os próximos anos um forte compromisso com as energias renováveis reforçando metas já definidas e apresentando novas ambições em áreas prioritárias como as Hídricas, Biomassas e Fotovoltaicas.

Paisagens de colinas com gigantescas torres brancas, grandes barragens, campos outrora abandonados e hoje repletos de painéis solares, são hoje uma fotografia ao alcance de qualquer um que se desloque pelos pais. Esta imagem mostra que Portugal está a apostar fortemente na sua sustentabilidade.

Temos hoje um dos maiores parques fotovoltaicos do mundo e o maior parque eólico em operação na Europa, sendo um dos países  com maior aproveitamento da radiação solar anual em todo o espaço europeu e com um crescimento gradual da potência instalada. A aposta em 10 novas barragens  irá igualmente permitir um maior aproveitamento do nosso potencial hídrico, outrora ignorado.

A eficiência energética, traduzida numa melhoria do desempenho eléctrico dos edifícios e numa maior mobilidade eléctrica, onde Portugal é já pioneiro e tendo a primeira experiência mundial de dimensão nacional na mobilidade eléctrica automóvel, mostram que esta área foi igualmente assumida como um elemento chave.

Caminhamos, assim, em direcção a uma economia mais inovadora e mais sustentável: uma economia adaptada aos novos desafios e adversidades, enfim, mais preparada para o futuro.

Há quem diga que neste rumo de progresso, Portugal é demasiado ambicioso e por vezes utópico.  Eu digo que é visionário. Só com a atitude que tem vindo a demonstrar nos últimos tempos, conseguirá assegurar um futuro mais sustentável e realista para todos os portugueses, em síntese, para a sua dimensão nacional.