terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Idei@s_14..."2009-A Força da Vontade!"


A maior parte das pessoas vive - quer física e intelectualmente, quer moralmente - num circulo muito restrito do seu ser potencial. Todos temos reservatórios de vida aos quais recorrer que nem sequer imaginamos

William James

 


Tentei escrever a minha última crónica deste ano sobre o Natal, contanto talvez uma história ou apelando ao espírito natalício, mas decidi escrever sobre algo que fique para o ano de 2009, passando uma mensagem que possa ser útil a qualquer leitor desta crónica.

O antigo filósofo indiano Patandjali, dizia que quando nos sentimos inspirados por um objectivo grandioso, ou, por um projecto extraordinário, todos os nossos pensamentos quebram as suas grilhetas: a nossa mente transcende as suas limitações; a consciência expande-se em todas as direcções e, neste prelúdio de uma rara visão das nossas capacidades, deparamo-nos com um magnífico e maravilhoso mundo novo até então inalcançável. As forças, as faculdades, e os talentos adormecidos, acabam por despertar para uma nova vida, proporcionando a descoberta em nós próprios, de que afinal, somos muito melhor pessoa do que jamais pensaríamos ser possível.

Estamos prestes a iniciar o ano de 2009. Um ano que deixa transparecer dificuldades acrescidas face à nova visão macro e micro económica do Mundo perante a recessão em que está mergulhado, mas que podem e devem, contudo, ser vistas como oportunidades. Um ano onde podemos provar que a força de vontade não tem limites e que vale mais que um rol de intenções. Um ano em que podemos quebrar as grilhetas do inconformismo e acreditarmos mais em nós, em síntese, nas capacidades extraordinárias que possuímos mas que estão esquecidas no sótão da nossa afirmação como pessoas válidas.

Devemos assim desenvolver uma maneira de estar positiva, serena e inspirada, e romper com a rotina, de modo a sermos mais imaginativos, criativos e inovadores.

Segundo a filosofia indiana, uma mente ocupada com pensamentos negativos traduz-se num corpo físico inoperativo, pouco produtivo e estimulado. Não sendo este o padrão comportamental que deseje para este pais, gostaria que em 2009 arrumássemos as ideias e controlássemos os pensamentos que pairam no jardim da nossa mente, permitindo apenas que subsistissem os dotados de carga positiva, por forma a emergir um contributo mais aberto, mais expressivo, mais dinâmico e inovador, em prol dos mais altos desígnios de um Portugal que queremos vanguardista.

O ano de 2009, deverá, pois, ser um ano de afirmação da mudança sustentada da nossa maneira de viver a vida, no modo como definimos os nossos objectivos e, na forma como no nosso dia-a-dia, acreditamos no futuro. Temos, pois, de ter consciência de que soluções rápidas não produzem bons resultados, e que toda a mudança requer tempo e esforço. A persistência é a força da actual mudança que vivemos.

Acreditar nestes princípios significa acreditarmos em nós próprios, acreditarmos no futuro, e acima de tudo, acreditarmos que apesar de 2009 poder ser um ano durante o qual enfrentaremos sérias dificuldades, poderá, também, ser um ano em que nos tornaremos, por força de uma conjuntura mundial desfavorável a qualquer economia, pessoas mais completas, conscientes, e onde os sonhos e pensamentos se afirmarão, afinal, como realidades atingíveis. Em síntese, um ano onde a força da vontade de cada um será, também, a força da vitória de todos nós.

Feliz 2009 a todos!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Idei@s_13..."Inovação,Cultura e Alentejo"*

*Em parceria com José Nascimento

«Cultura é o sistema de ideias vivas que cada época possui. Melhor: o sistema de ideias das quais o tempo vive»
José Ortega y Gasset

O ano de 2009 será o "Ano Europeu da Criatividade e da Inovação". Um ano onde tais objectivos estarão alinhados com vista a uma maior sensibilização da sociedade pela importância que representam para futuro sustentável não só da Europa mas também do Mundo, não devendo, contudo, ser apenas prioridades e desafios transnacionais, mas sim responsabilidades que não deverão passar ao lado das regiões de Portugal, particularmente, do Alentejo. Nesta medida, cabe-nos a nós, sociedade alentejana, um dever de contribuir para um Alentejo mais inovador, marcando em toda a linha do progresso, uma forte presença de afirmação além fronteiras, como uma região de forte identidade, global e culturalmente inovadora.

O desenvolvimento da nossa região, em tudo deve ser feito com base em soluções diferenciadas, sustentadas em factores distintivos, donde sobressai uma cultura já centenária e enraizada nas suas gentes ao longo de muitas gerações, devendo assumir um papel indutor e funcionar como uma alavanca fundamental para o desenvolvimento da educação, da criatividade e do empreendedorismo.

O que as gentes do Alentejo fizeram ao longo dos séculos é hoje um património inestimável, compatível com o que se faz hoje em dia na arte, na publicidade, no design, no cibermundo e na produção de novos projectos culturais para consumo de todo o país. O tradicional, o moderno e o contemporâneo na arte e no artesanato no Alentejo, estão na base da inovação necessária para repensar a cultura, dotando-a de novas formas, valências e valor de mercado.

Este Governo acreditou e pôs em prática um plano para a modernização de Portugal, uma aposta no futuro das pessoas. A tecnologia, o conhecimento e a inovação representam uma resposta aos novos desafios. Representam a antecipação de um novo movimento em volta de novas prioridades. Representam a renovação e a criação de um novo País. Um Portugal que liga o tradicional com o moderno, mas um país mais competitivo a nível global, onde a inovação cultural possa desempenhar um novo papel e constituir-se como um dos motores de afirmação.

Num mundo cada vez mais globalizado, a cultura do Alentejo, baseada nas suas tradições será cada vez mais a verdadeira variável diferenciadora, ou seja, se for bem trabalhada será uma arma excepcional de competitividade. A aposta está em conseguir reforçar e pulverizar as suas potencialidades através das novas tecnologias e pela sociedade da informação. Para isso é necessário trabalhar conteúdos e canais multimédia, que permitam que essa informação chegue de uma forma privilegiada a todos.

Deixemo-nos contagiar pelo dinamismo do Plano Tecnológico. Reforcemos pois o papel da cultura como um instrumento de criatividade e inovação, empreendendo todos em conjunto, novas fronteiras solidárias de desenvolvimento.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Idei@s_12..."Sim, nós conseguimos"


«A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro»
John Kennedy

Escrevi este número do "Idei@s" durante a noite das eleições norte-americanas, seguro de que um resultado pela mudança poderia surgir a todo o momento. Escrever algumas linhas sobre as eleições norte-americanas, é escrever sobre as eleições mais mediáticas do mundo e também as mais caras de toda a história democrática dos EUA.

Durante as várias emissões especiais que foram surgindo um pouco por todo o mundo sobre estas eleições, ouvi algo que me chamou a atenção e vem ao caso referir.

Nos EUA, mais concretamente, em Washington, há o costume de se dizer que, se em vésperas de eleições a equipa local perder, o Presidente no poder perderá igualmente as eleições abandonando assim a Casa Branca. Ora, por mais curioso que pareça, na véspera das eleições, os Red Skin de Washington, perderam contra os serralheiros de Pitsburgg, e não foi uma derrota qualquer, mas sim uma das mais históricas para o clube de Washington. Esta vitória dos Serralheiros e de Obama representou claramente uma mudança no plano desportivo e político, dando a todos os norte-americanos a esperança de um novo rumo, fruto de uma vitória estrondosa e única na história norte-americana.

Acredito em Obama. Acredito na mudança de uma América de Bush, Republicana, tradicional, conservadora, para uma América Democrata, progressista, unitária, integradora e social. Uma América sustentável e consciente do seu novo papel num mundo em profunda mudança e em rede.

Obama representa o êxito da luta pelos direitos civis num país onde o pecado original sempre foi a escravidão. Representa um novo fôlego de atitude face á estagnação de uma atitude adormecida. Representa, o grito do epiranga norte-americano para responder à crise mundial através de uma nova estratégia global e integradora de luta contra o terrorismo; de uma nova disposição para conversar com o mundo em vez de impor sua vontade sobre ele; um voto de confiança no futuro da sua democracia e na politica enquanto instrumento de orientação ao serviço da humanidade.

Entre "mudança-precisamos" e "o país em primeiro"; entre uma mensagem de mudança, de alternativa, de um novo rumo, de resposta face a uma mensagem desgastada, nacionalista e militarista, a escolha não foi difícil.

Obama ganha mas não circunscreve a sua vitória aos Estados tradicionalmente democratas.
Obama vai mais longe: vai à procura de um novo ideal norte-americano conquistando importantes bastiões republicanos como o da Florida; do Colorado; de New México; do Nevada; do Iowa; do Ohio; da Virgínia e de Indiana, ultrapassando os 62 milhões de votos alcançados por Bush anteriormente, cifrando a sua vitória em 63,3 milhões de votos.

Com Obama o Partido Democrata Norte-Americano é relançado para um patamar eleitoral que desde Jimmy Carter não ultrapassava a barreira dos 50% das intensões de voto. Com Obama isso foi possível.

"Sim, nós conseguimos" - disse o candidato até então improvável, ao povo norte-americano em especial e, de forma indirecta, ao mundo inteiro; disse o candidato que realizou um sonho outrora impossível de se concretizar.

Obama é, assim, não só uma lição para o mundo, mas um rejuvenescimento do ideal democrático e político. É a esperança do entendimento e do respeito pela soberania dos povos.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Idei@s_11..."As Bolsas devem estar loucas"


Quando escrito em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres:
um representa perigo e o outro representa oportunidade
 John Kennedy 

 

Existem várias maneiras de explicar o que se tem passado ultimamente no mundo financeiro e a causa do problema associada a todos estes movimentos que têm surgido com vista a uma rápida  recuperação de um mercado global em crise.

Pessoalmente não dispenso uma boa história para explicar algo, não porque uma explicação teórica baseada em conceitos políticos, económicos, históricos e ideológicos não seja entendível, mas simplesmente porque fomos habituados e educados por histórias contados pelos avós, pais e vizinhos e na verdade sempre serviram para complementar o que nos era ensinado na escola.

João, um certo dia, recebeu do amigo António, um comerciante local, a troco de um favor prestado, uma lata de conservas sem qualquer tipo de etiqueta ou rótulo, tendo apenas marcados três “A” com tinta chinesa. António ao aperceber-se do ar surpreso do amigo, depressa explicou que a inscrição dos 3 “A” indicava que o conteúdo da lata de conservas era de alta qualidade e que a podia vender pelo preço que conseguisse. João, por não lhe passar pela cabeça desconfiar do seu amigo, pensou ter em seu poder um bem muito valioso que podia facilmente usar como forma de pagamento para o que necessitasse e quando necessitasse. Quando mais tarde decidiu comprar um fato para uma cerimónia importante, dirigiu-se a Miguel, o alfaiate da terra, e convenceu-o que o valor da lata de conservas com triplo “A” era igual ao valor do fato que o alfaiate queria cobrar. O Alfaiate por não poder desconfiar do seu cliente e amigo, decidiu aceitar a lata em troca do fato. Este por sua vez, usou a lata como forma de pagamento da sua consulta com o dentista local, José, que a usou para pagar um estudo de mercado que tinha encomendado ao economista Luís. Este, uma pessoa desconfiada de nascença, decidiu abrir a lata e averiguar se o seu conteúdo era tão valioso como se dizia. Para sua surpresa encontrou dentro da lata restos de sardinha, e papel sujo dobrado. Era uma lata com lixo. Luís, o economista, não aceitou a lata como forma de pagamento e pediu a José o dentista que lhe pagasse o estudo de outro modo. Este por sua vez pediu a Miguel que lhe pagasse a consulta. Miguel pediu a João para lhe devolver o fato e este pediu a António que lhe pagasse o favor de outro modo.

Moral da história: A lata que António  usou para pagar um favor, serviu na prática para pagar um conjunto de bens e serviços do valor de 4 000 euros. Quando no final lhe foi pedido esse valor, António  declarou falência, pois  não tinha como dispor de tanto dinheiro. A especulação deu lugar à ruptura.

Actualmente nos Estados Unidos reina a desconfiança interbancária, o que provoca um estado inevitável de limbo económico-financeiro, onde bancos, seguradoras e outras instituições de mediação entram progressivamente em falência provocando um autêntico frenesim nas Bolsas Mundiais que oscilam ao som de um “Freestyle” até agora desconhecido.

Mas porquê esta desconfiança súbita dos últimos meses? Qual a origem da temida ruptura financeira que o sistema mundial receia?

Penso que esta história  explica de uma forma muito simples o que aconteceu nos Estados Unidos e as  fortes repercussões que teve no sistema  financeiro mundial e na vida das pessoas, quando os comportamentos especulativos começaram a ter como inimigo a desconfiança e esta começou a crescer expondo a verdadeira cara do valor dos bens e serviços que ao longo do tempo tinham vindo a ser oferecidos pelos Bancos no mercado imobiliário. Tal como a história da lata que aqui contei e como diz o ditado popular, “foi vendido gato por lebre” durante bastante tempo enquanto não houve lugar para dúvidas.

Em Portugal e na Europa os líderes souberam dar uma resposta à altura. No nosso país, o recente orçamento de Estado aprovado na Assembleia surge como uma resposta a estas  dificuldades que estamos a viver internacionalmente. A nossa capacidade de nos próximos tempos vencermos as dificuldades constantes que surgem está em grande parte nas empresas.

Temos um Orçamento de Estado. Não um orçamento eleitoral, mas um orçamento estrutural. Não um orçamento para ganhar votos, mas um orçamento para criar riqueza e desenvolver Portugal.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Idei@s_10..."As Novas Torres de Babel - Parte II"

«Cada Nação tem o seu profeta;
cada Nação tem a sua época»
Corão 10,48

Na primeira parte deste texto dedicado ao tema “As Novas Torres de Babel” e, baseado-me nas idéias e pensamentos dum pequeno livro adquirido recentemente, procurei despertar o interesse para um tema que, pertencendo já ao passado é, contudo, presente e futuro.

Deixei também uma reflexão em jeito de convite para quem entendesse contribuir para esta segunda parte.

Surpreendentemente foram alguns os comentários e argumentos que me chegaram por email. Digo surpreendentemente, não por duvidar da profundidade da reflexão e da sua importância, mas sim por ela exigir algo de nós, como tempo e espírito de participação cívica, elementos essenciais em qualquer reflexão, e sobre qualquer assunto. No caso particular, isto é na vertente democrática, tais elementos são peças de que nunca podemos abdicar, pois resultam da própria Democracia e dos movimentos democráticos a ela associados.

A reflexão que então deixei tinha como horizonte, o futuro do movimento democrático e da própria democracia e, ainda, os persupostos sobre os quais ela deveria assentar: se na unidade dos povos com base numa diversificada diferenciação, ou, antes pelo contrário, numa unidade discriminatória da diferença coletiva. As diferentes posições variaram, por um lado, em função das próprias ideologias e, por outro, em função das próprias vivências individuais.

Pessoalmente, julgo que o futuro da Democracia e da Humanidade passa, sem margem para quaisquer equívocos, pela aceitação das diferenças politico-ideológicas, históricas e religiosa de cada um dos nós, como um todo na direção de um futuro, onde a unidade e a igualdade de tratamento entre os homens não é já uma utopia de princípios mas uma realidade que aos poucos nos foi conduzindo a um espaço de democracia com o qual nos identificamos.

Mas para além da ideia de Democracia e do movimento democrático e, ainda, de como estão a ser reedificados pelas novas Torres de Babel, o autor apresenta-nos também dois conceitos de igual importância para o redesenhar cíclico da história da humanidade e do percurso pela mesma trilhado. Refiro-me ao conceito de Nação e ao de Religião. Assim, e ao contrário do que deixei patente na primeira parte deste texto, baseada num livro, gostaria de me referir, em jeito de síntese e a par da Economia e do Progresso, a este dois baluartes essenciais numa sociedade rumo à igualdade de princípios e de oportunidades.

A palavra Nação, do latim natio, de naturs, segundo a definição clássica mais usual, é a reunião de pessoas, da mesma raça, que falam o mesmo idioma, têm os mesmos costumes e adotam a mesma religião, formando, assim, um povo, cujos elementos componentes trazem consigo as mesmas características raciais e se mantêm unidos pelos hábitos, tradições, religião e língua.

Stael, dizia num dos seus livros, que “uma Nação só tem caráter quando é livre”. Para mim esta liberdade e este carácter, está associado ao movimento democrático como movimento regenerador de uma nova Nação. Uma Nação mais cívica, mais proativa, mais criativa, mais segura e mais preparada. Uma Nação livre, com carácter, e mais respeitadora das demais diferenças culturais, políticas e religiosas.

Por outro lado temos a Religião, do latim religio - o conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças.

Como diria Ghandi, “uma vida sem religião é como um barco sem leme”. A crença em algo superior colmata, assim, uma das necessidades básicas da humanidade, a auto-estima e, por isso, é algo eterno, supremo, único.

Vejamos então: as nações só têm caráter quando são livres, ou seja, quando vivem em democracia. Por outro lado, só conseguem progredir e evoluir, quando estão seguras do caminho e das decisões tomadas, isto é, quando estão conscientes de que nem tudo são facilitismos, acreditando assim nas capacidades inatas das suas gentes e, porque não, em algo supremo que está para além da física, porque um barco cujo timoneiro é alguém sem fé, é um barco à deriva, sem bússola que o oriente e sem leme que o guie.

Não devemos, pois, dissociar os conceitos Democracia, Nação e Religião, apresentados por Pierre Manet no livro «A Razão das Nações», da evolução humana e da construção das novas "Torres de Babel", antes pelo contrário e tendo presente o sentido da unicidade, devemos inviabilizar que as mesmas sejam construídas com base na idéia de que qualquer diferença colectiva põe em perigo a unidade humana, tornando irrelevante toda a diferença. Devemos bloquear tal construção, lutando diariamente, nos nossos meios sociais, dentro dos nossos grupos, pela união dos povos, assente nessa diferença cultural, religiosa, política e histórica.

Para quem ainda duvida da razão desta e de outras leituras, sejam elas quais forem, queria apenas dizer que um belo texto é sempre aquele que semeia em redor os pontos de interrogação. Espero ter semeado alguns com as “Novas Torres de Babel”.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Idei@s_09..."Novas Torres de Babel-Parte I"

«A Democracia...é uma constituição agradável, anárquica e variada, distribuidora de igualdade, indiferentemente, a iguais e desiguais »
A República, Platão


Recentemente adquiri um pequeno livro: desses que se lêem durante o almoço, ou, durante um passeio no parque. Um desses livros que aparentemente não nos parecem suscitar qualquer interesse, como a sombra de um banco no chão de uma calçada, ou, de um simples raio de sol invadindo um beco escondido. Um livro pequeno, de capa escura e sem quaisquer grafismos inovadores.

Uma primeira leitura desse livro, levou-me a uma curta viagem aos tempos de universitário, onde, durante o intervalo das aulas então leccionadas, para além dos temas genéricos e habituais, discutíamos sobre política e Democracia, e onde posições contrárias eram mais do que normais e frequentes. E era nessa diferença que residia a riqueza das ideias e a sustentabilidade dos passos futuros de cada um e estava subjacente a ideia da Democracia outrora conquistada. Este livro, de apenas 85 páginas, fala sobre as nações, as suas culturas, a democracia, o projecto europeu, etc. Em síntese, 85 páginas sobre a Democracia, a Nação e a Religião. É verdade: não parece ser muita a informação que podemos encontrar em tão poucas páginas, mas é sem dúvida profunda a reflexão que delas podemos tirar, seja qual for a nossa posição.

Uma das reflexões deste autor – nome que não revelarei, pois espero que a curiosidade vos leve a ler as crónicas seguintes que dedicarei a este tema, na procura de alguma pista que o identifique –, que me chamou a atenção, está relacionada com o conceito da Democracia moderna. A ideia chave desta reside numa edificação simultânea de duas torres de Babel que disputam, diplomaticamente entre si, a autoria da Democracia futura. Mas, ao contrário do conceito da “Babel” bíblica, estas torres, estão a ser edificadas sustentando-se na ideia de que, uma vez que qualquer diferença colectiva põe em perigo a unidade humana, é imprescindível tornar irrelevante toda a diferença e, sob o flash desta unidade proclamada pelas novas torres de Babel, a humanidade mobiliza-se, pouco a pouco e sem se dar conta, para uma liturgia contínua e interminável de adoração de si, descaracterizando-se a si, à Democracia e, ao futuro da humanidade.

Até ao próximo número do Idei@s, gostaria de vos deixar uma interrogação, para a qual, felizmente, ainda não tenho resposta pois uma contribuição assente na diferença formulará uma resposta mais rica:

“Poderá a Democracia futura continuar a assentar no pressuposto de uma unidade de povos cultural, religiosa, política e historicamente diferente? Ou estaremos rumo a uma Democracia descaracterizada, assente numa diferenciação desmedida e baseada numa “diplomacia pingue-pongue entre as duas novas torres, onde o princípio da unidade assente na diferenciação está a desaparecer e o princípio unificador das nossas vidas a perder a sua forte ligação?”

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Idei@s_08..."De novo Magalhães: Portugal no rumo do conhecimento, tecnologia e inovação"


«O viajante é aquele quem mais importa numa viagem»

André Sauré




Portugal encontra-se agora preparado para iniciar mais uma volta ao mundo. Uma volta com Magalhães. Não a bordo da Nau Trinidad que outrora sulcou mares de forma épica, mas sim, através do primeiro instrumento de exploração digital de ligação ao mundo totalmente português, o portátil Magalhães. E nesta nova aventura agora iniciada, os descobridores, isto é, os navegadores, serão todas as crianças entre os 6 e os 10 anos, que poderão entrar na rede, dar largas à sua curiosidade e desenvolver a sua imaginação, navegando no hiperespaço pelo mundo fora, conquistando novos destinos, novos mundos por si idealizados e preparando-se diariamente para a resolução de problemas.

O anúncio do primeiro portátil inteiramente português: o Magalhães, integrado na iniciativa e-escolinha no âmbito do Plano Tecnológico a ser distribuído a cerca de 500.000 crianças, foi anunciado por José Sócrates a 30 de Julho passado e representa uma clara aposta nas novas gerações – os jovens e as crianças, e uma intenção clara de continuar o caminho traçado para colocar Portugal na rota mundial do conhecimento e do sucesso, provocando assim uma reforma geracional e uma mudança de atitudes.

O Portátil Magalhães estará disponível a partir do próximo ano lectivo a título gratuito, ou, nalguns casos, a um preço simbólico, vindo já equipado com software de última geração adequado às capacidades destas crianças. É resistente ao choque, à água e aos líquidos em geral. Vem ainda equipado com uma webcam e placa gráfica onboard. Estas características tornam o Magalhães uma excelente ferramenta de trabalho para qualquer criança e adulto.

Esta aposta representa uma mudança radical e um grande salto cultural para o século XXI. Uma aposta clara numa nova geração que liderará e estará completamente integrada e capacitada para competir neste mundo globalizado e em rede, integrada num Portugal do conhecimento, da tecnologia, da inovação e do sucesso. Um aposta nas crianças, na nova geração Magalhães, numa geração em rede, dos novos argonaustas, mas agora cibernautas.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Idei@s_07..."Fazer o Futuro"


“Esperar é desmentir o futuro”

Emil Cioran

 


Há três anos atrás, os portugueses escolheram o destino do seu País, fazendo-o de entre dois caminhos diferentes.

Por um lado, tomaram consciência que o caminho tomado nos estava a levar a um impasse, causador de um inativismo, de um retrocesso económico, social, ambiental e tecnológico. De um acomodar sobre o ideal de que um emprego é para toda a vida. Tal visão, era sem dúvida mau preságio para um qualquer desenvolvimento que pretendesse inverter o inativismo, implacável redutor de objectivos positivos e dos quais a vontade de não nos afastarmos dos restantes países da União Europeia assumia vital importância.

Por outro lado e onde o bom senso imperava, vislumbraram o caminho que se identificava com um horizonte moderno, onde a vontade lusitana pudesse de novo regressar aos momentos de glória de um passado épico cantado por Camões. Onde a raça e a vontade de gerações de outrora, adaptada às realidades presentes, pudesse agregar de novo e em volta de uma nova esperança, um povo que também merecia estar na linha da frente relativamente aos seus parceiros europeus, afastando, assim, o fantasma do hipotecamento das gerações futuras.

Afinal os portugueses escolheram em consciência e de livre vontade o caminho do futuro para Portugal, isto é, o caminho de um horizonte moderno, uma vez que o bom senso foi a pedra de toque na consciencialização de que era necessário e, muito rapidamente, arregaçar as mangas e deitar mãos à obra, recuperando uma casa em completo declínio.

Agora, mais do que nunca, as ideias apresentavam-se tão claras. Se, por um lado a direita apresentava o choque fiscal que, e em poucas palavras, pretendia aumentar a competitividade do País através de uma redução dos custos de produção, a esquerda, por outro,  apostava no futuro de Portugal, apresentando o choque tecnológico, a única realidade capaz de levantar a sua economia e melhorar a vida dos portugueses, tendo presente os sacrifícios necessários, afastando-se,  de promessas demagógicas.

O objectivo da esquerda era o da mudança da base competitiva, o da maior qualificação profissional dos portugueses, por forma a garantir, não só o seu posicionamento, mas e também, o posicionamento de Portugal no mercado internacional, levando-nos a subir na cadeia de valor e a ser líderes à escala global nas áreas de elevada especificidade.

A esquerda decidiu, assim, apostar no conhecimento, na tecnologia e na inovação, vertentes que tornaram esta aposta num caminho de um só sentido, com vista a fazer de Portugal um país melhor, mais competitivo, com melhores qualificações e melhor adaptado às novas realidades e tendências internacionais.

Podemos então sintetisar os objectivos que se propunham atingir aqueles dois caminhos diferentes. Se o primeiro optou por uma agenda conservadora e de manutenção de propósitos que se revelaram inadequados às necessidades e desenvolvimento de Portugal. Já o segundo, aquele identificado com a esquerda apontava no sentido de uma agenda de transformação e progresso. A escolha foi clara e inequívoca e os portugueses apostaram num futuro transformador  e progressista para o seu País.

Contudo, não se deva cair na ilusão de que a nós, apenas nos cabia o dever de escolher a melhor opção para o País. Cabia-nos e cabe-nos, a cada um de nós, saber aproveitar as condições e oportunidades geradas por essa nossa escolha, por forma a redimencionar o nosso futuro, fazendo-o à escala dos nossos parceiros europeus.

Mas como? perguntarão muitos. A resposta a tal interrogação é curta ainda que traga subjacente o esforço e o trabalho necessários para que seja eficaz.

A aposta no “Triângulo do Sucesso” é inevitável e para isso temos de tomar nas nossas mãos o futuro e acreditar. Ao não fazê-lo, só estamos a dar a oportunidade aos de fora que tomem o nosso lugar, restando-nos, lamentar o simples e triste fado de termos uma tendência ancestral de sempre perdermos o comboio do futuro.

Não nos devemos considerar menos capazes do que outros povos. Lá fora, portugueses que pensam diferente e acreditam nas suas capacidades são a montra do que produzimos e o reflexo de uma educação superior voltada para a especificidade das novas tecnologias em todas as áreas onde ela seja suporte de progresso. E, ao contrário do que muitos pensam, existe já reconhecimento do esforço que Portugal tem vindo a fazer para se chegar aos da frente em termos de desenvolvimento tecnológico.

Devemos, pois, ser optimistas e “acreditar” que é possível atingir a meta do progresso, mesmo tendo presente as mudanças que têm vindo a fragilizar a economia mundial, reflexivamente, a economia portuguesa. Neste particular importa, ainda o “dever/querer” saber mais e apostar no “Conhecimento”, âncora de todo o desenvolvimento tecnológico.

Por último temos de ser capazes de “Aprender”, de modo a adquirirmos  alicerces para criar valor e estar à altura de competir no mercado em rede e global.

Mas para que o “Triângulo do Sucesso” seja aproveitado por todos nós, não basta apenas aceitá-lo como necessário e esperar que o vizinho leve o cabo. Temos de mudar de atitude, pois, a mudança urge e não é compatível com a lenta mudança da mentalidade portuguesa.

Temos que deixar de pensar no que queremos ser e passar a definir como queremos contribuir para o nosso País e, consequentemente, para a nossa competitividade. A diferença reside na tónica do “que fazer para” e não no “querer ser para”.

Esqueçamos o emprego para toda a vida. Esqueçamos a espera indiferente de um dia melhor. Esqueçamos a passividade e o comodismo. Nesta sociedade do Conhecimento e neste mundo global e em rede, a proactividade, a iniciativa, o espírito empreendedor e a motivação, são pilares representativos de um futuro auspicioso. Façamos então o futuro para bem de todos nós, de cada um em especial e, de Portugal, que sempre soube ultrapassar obstáculos considerados intransponíveis, recorde-se a propósito, a épica aventura levada a cabo pelo Infante Henrique em dar novos mundos ao mundo.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Idei@s_06..."Um antes e um depois"

Portugal é hoje um país em mudança. Um país que soube sair da rota das meras intenções e entrar no caminho do desenvolvimento com feitos presentes: isto é, de um antes inoperante para um depois activo.

Para muitos tal afirmação poderá parecer pura demagogia ou um optimismo exagerado. Prefiro vê-la como um sinal de confiança no seu futuro, na sua gente e nos seus governantes, traçadas que foram metas, definidos que foram objectivos, numa palavra, elaboradas que foram reformas que permitem afirmar, que hoje somos um país moderno.

Desde que o actual governo tomou posse, variadíssimas medidas foram levadas a cabo com vista a posicionar Portugal no rumo da modernidade, da competitividade, da coesão e da inovação, factores indispensáveis ao seu desenvolvimento.

Como cidadão não tenho dúvidas em aceitar que somos tudo isto. Os resultados e os sinais de tal mudança são já uma realidade inquestionável que o dia-a-dia vai mostrando.

É sabido que levar a cabo quaisquer reformas, não é tarefa fácil quando das mesmas podem resultar situações desfavoráveis que a todos nos tocam. Elas impõem-se sempre que a realidade nacional o exige, isto é, sempre que é necessário ajustar o passado ao presente no sentido de se abrirem novos caminhos ao desenvolvimento em toda a sua dimensão e ao alinhamento de uma maior justiça social.

Mas os três anos decorridos mostraram como é possível mudar e mudar bem, fazer a diferença pela positiva.

Por não querer parecer que apenas defendo que muito foi feito e não apresento nada que justifique tal afirmação, gostava de referir, de entre muitos, alguns exemplos práticos que corroboram o que digo.

Para que conste, nos últimos três anos foram entregues mais de cem mil computadores portáteis com ligação à Internet em banda larga, a alunos do 10º ano, professores e formandos do Programa Novas Oportunidades. Este mesmo Programa teve mais de trezentos mil adultos inscritos que procuraram melhorar as suas qualificações. Também, a grande maioria de todas as escolas nacionais estão já ligadas à Internet em banda larga oferecendo, assim, a todos os estudantes e professores um acesso mais rápido à informação.

Conseguiu-se ainda que mais de quatro mil jovens licenciados fossem colocados em Pequenas e Médias Empresas, através do Programa InovJovem, contribuindo para a inserção profissional de recém licenciados e para uma diminuição gradual da taxa de desemprego.

Com vista a promover o contacto com o ensino de excelência e promover a troca de experiência e conhecimentos foram também estabelecidas parcerias com Universidades Internacionais de renome em diversas áreas.

Os empresários viram simplificada a sua vida através da Empresa na Hora, sendo que até à data, já foram criadas mas de quarenta mil empresas com um tempo médio de criação de 49m.

Os idosos viram o seu Complemento Solidário ser aumentado em 10,6% e graças às mais de cem
Unidades de Saúde Familiar, mais de uma centena de milhar de portugueses têm agora acesso a médico de família.

Descriminalizou-se a Interrupção Voluntária da Gravidez até às dez semanas, sendo que 70% já foram realizadas em estabelecimentos públicos.

Face a estes exemplos, os números que eles representam e as mudanças estruturais que eles já provocaram e continuam a provocar na vida de cada um é inevitável afirmar que entre o antes e o depois, entre o queremos e o fizemos, grandes passos foram dados.

A resignação, o lamento, o pessimismo profissional, o desejo de alguns imprimirem um estado de depressão colectiva, o tremendismo, a desorientação e o descrédito contrastam, claramente, com o rigor, a competência, o crescimento, o emprego, a justiça social e as oportunidades para todos, realidades com as quais nos últimos três anos em Portugal temos vivido e beneficiado.

Acreditemos nas evidências e reforcemos o nosso voto de confiança no futuro de todos nós.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Idei@s_05..."Portugal de eleição"

Há quem venha insistindo em dizer que Portugal e os portugueses não têm futuro. De que a sua economia pouco ou nada tem evoluindo, mesmo sabendo que a realidade vem demonstrando o contrário.

Há quem venha insistindo que a nível da saúde e da cultura se vive um período de regressão, fazendo passar uma mensagem que mais não pretende do que distorcer, afinal, um trabalho sério que vem sendo feito no sentido da melhoria dos interesses do portugueses sem qualquer
demagogia.

Há quem persiste em afirmar que as empresas, quer nacionais quer multinacionais, não encontram em Portugal as condições necessárias para investir, de que a tecnologia de nada nos serve ou de que a educação está gasta.

Curiosamente, todas estas críticas e dúvidas infundadas, que alguns nos incutem diariamente, acompanhadas de ataques pessoais e políticos aos nossos altos dirigentes e governantes, acentuam-se à medida que o ciclo legislativo que está a mudar e dar um novo rumo a Portugal, chega ao fim da sua primeira etapa.

A sociedade do futuro é sem dúvida uma “sociedade polifónica”, e assente no que ainda é a forma mais perfeita de governação, a democracia. Mas se é extremamente necessário que a democracia cante a varias vozes, também o é que as mesmas assegurem o equilíbrio da melodia e a sua afinação e não o contrário. Não esqueçamos que os compassos que definem as nossas vidas da esquerda à direita deverão ter sempre o motivo de fazer de Portugal um país mais ambiental, mais moderno, mais competitivo, mais coeso e mais inovador.

Neste sentido, voltando ao primeiro parágrafo, para aqueles que insistem em dizer que não existem investimentos em Portugal, que as grandes empresas não vêem em Portugal um país atractivo para os seus investimentos e, as que o fazem, apenas são atraídas pelos baixos salários praticados, desvalorizando assim quaisquer qualidades que a nós portugueses nos são reconhecidas lá fora, queria recordar-lhes, a título de exemplo, os investimentos que três grandes multinacionais, num espaço de três anos, levaram a cabo no nosso país. Estou-me a referir à Cisco, à Nokia Siemens Networks e, mais recentemente à Fujitsu. Em menos de um ano, estas 3 grandes multinacionais decidiram instalar os seus centros de competências em Portugal. Vejamos então:

A Cisco, multinacional, que desenvolve e comercializa soluções de redes e de comunicação, produtos e serviços tecnológicos que garantem o fornecimento de dados, voz e vídeo em todo o mundo, decidiu, através do seu programa “Hércules”, investir em Portugal e instalar em Lisboa a base de suporte a processos de negócio da Cisco na Europa. Apostou assim em Portugal, não pelos salários baixos, mas porque aqui têm à disposição colaboradores multifacetados, multilingues e com elevadas aptidões técnicas.

A Nokia Siemens Networks, também uma multinacional, decidiu investir em Portugal com a criação de um novo Global Networks Solution Center, que oferece a todos os clientes da Nokia Siemens Networks um controlo operacional rigoroso, uma melhoria na prestação de serviços e elevados níveis de fiabilidade, disponibilidade e segurança de dados. Mais uma vez a escolha de Portugal assenta no nível alto de competências dos nossos recursos humanos, com particular realce para a capacidade linguística, apetência para trabalhar em ambientes multiculturais, grande facilidade de aprendizagem, etc...

E por último a Fujitsu Services, uma das empresas de serviços de Tecnologia de Informação líder na Europa, Médio Oriente e África, que opera em mais de 20 países, também decidiu investir em Portugal com a criação de um Centro de Competência que fornecerá serviços para 40.000 utilizadores em 106 países. Porquê Portugal e não França ou Inglaterra? Segundo a Fujitsu, em Portugal encontraram competências chaves, tais como, a grande capacidade de desenvolver rapidamente equipas com apetência para falar diversos idiomas, a proximidade geográfica com os grandes centros de decisão europeus e o forte alinhamento cultural, a alta produtividade e a baixa rotatividade.

Estes investimentos assinalam Portugal como um país de investimento, um destino sólido e de confiança para as empresas tecnologicamente mais avançadas no mundo, contribuindo para a afirmação de Portugal, o tal país que, segundo muitos, não tem futuro, como um local de eleição para grandes multinacionais investirem e instalarem os seus serviços qualificados.

Somos actualmente um exportador líquido de tecnologia e receptor de investimentos que estão na fronteira tecnológica, que se destinam ao conhecimento e inovação.Se as multinacionais acima referenciadas confiam na nossa economia, confiam em nós e, no futuro do nosso país, confiemos também nós no caminho que estamos a trilhar. Que não subsistam quaisquer dúvidas que Portugal está a tornar-se num País de eleição.