domingo, 10 de fevereiro de 2008

Idei@s_05..."Portugal de eleição"

Há quem venha insistindo em dizer que Portugal e os portugueses não têm futuro. De que a sua economia pouco ou nada tem evoluindo, mesmo sabendo que a realidade vem demonstrando o contrário.

Há quem venha insistindo que a nível da saúde e da cultura se vive um período de regressão, fazendo passar uma mensagem que mais não pretende do que distorcer, afinal, um trabalho sério que vem sendo feito no sentido da melhoria dos interesses do portugueses sem qualquer
demagogia.

Há quem persiste em afirmar que as empresas, quer nacionais quer multinacionais, não encontram em Portugal as condições necessárias para investir, de que a tecnologia de nada nos serve ou de que a educação está gasta.

Curiosamente, todas estas críticas e dúvidas infundadas, que alguns nos incutem diariamente, acompanhadas de ataques pessoais e políticos aos nossos altos dirigentes e governantes, acentuam-se à medida que o ciclo legislativo que está a mudar e dar um novo rumo a Portugal, chega ao fim da sua primeira etapa.

A sociedade do futuro é sem dúvida uma “sociedade polifónica”, e assente no que ainda é a forma mais perfeita de governação, a democracia. Mas se é extremamente necessário que a democracia cante a varias vozes, também o é que as mesmas assegurem o equilíbrio da melodia e a sua afinação e não o contrário. Não esqueçamos que os compassos que definem as nossas vidas da esquerda à direita deverão ter sempre o motivo de fazer de Portugal um país mais ambiental, mais moderno, mais competitivo, mais coeso e mais inovador.

Neste sentido, voltando ao primeiro parágrafo, para aqueles que insistem em dizer que não existem investimentos em Portugal, que as grandes empresas não vêem em Portugal um país atractivo para os seus investimentos e, as que o fazem, apenas são atraídas pelos baixos salários praticados, desvalorizando assim quaisquer qualidades que a nós portugueses nos são reconhecidas lá fora, queria recordar-lhes, a título de exemplo, os investimentos que três grandes multinacionais, num espaço de três anos, levaram a cabo no nosso país. Estou-me a referir à Cisco, à Nokia Siemens Networks e, mais recentemente à Fujitsu. Em menos de um ano, estas 3 grandes multinacionais decidiram instalar os seus centros de competências em Portugal. Vejamos então:

A Cisco, multinacional, que desenvolve e comercializa soluções de redes e de comunicação, produtos e serviços tecnológicos que garantem o fornecimento de dados, voz e vídeo em todo o mundo, decidiu, através do seu programa “Hércules”, investir em Portugal e instalar em Lisboa a base de suporte a processos de negócio da Cisco na Europa. Apostou assim em Portugal, não pelos salários baixos, mas porque aqui têm à disposição colaboradores multifacetados, multilingues e com elevadas aptidões técnicas.

A Nokia Siemens Networks, também uma multinacional, decidiu investir em Portugal com a criação de um novo Global Networks Solution Center, que oferece a todos os clientes da Nokia Siemens Networks um controlo operacional rigoroso, uma melhoria na prestação de serviços e elevados níveis de fiabilidade, disponibilidade e segurança de dados. Mais uma vez a escolha de Portugal assenta no nível alto de competências dos nossos recursos humanos, com particular realce para a capacidade linguística, apetência para trabalhar em ambientes multiculturais, grande facilidade de aprendizagem, etc...

E por último a Fujitsu Services, uma das empresas de serviços de Tecnologia de Informação líder na Europa, Médio Oriente e África, que opera em mais de 20 países, também decidiu investir em Portugal com a criação de um Centro de Competência que fornecerá serviços para 40.000 utilizadores em 106 países. Porquê Portugal e não França ou Inglaterra? Segundo a Fujitsu, em Portugal encontraram competências chaves, tais como, a grande capacidade de desenvolver rapidamente equipas com apetência para falar diversos idiomas, a proximidade geográfica com os grandes centros de decisão europeus e o forte alinhamento cultural, a alta produtividade e a baixa rotatividade.

Estes investimentos assinalam Portugal como um país de investimento, um destino sólido e de confiança para as empresas tecnologicamente mais avançadas no mundo, contribuindo para a afirmação de Portugal, o tal país que, segundo muitos, não tem futuro, como um local de eleição para grandes multinacionais investirem e instalarem os seus serviços qualificados.

Somos actualmente um exportador líquido de tecnologia e receptor de investimentos que estão na fronteira tecnológica, que se destinam ao conhecimento e inovação.Se as multinacionais acima referenciadas confiam na nossa economia, confiam em nós e, no futuro do nosso país, confiemos também nós no caminho que estamos a trilhar. Que não subsistam quaisquer dúvidas que Portugal está a tornar-se num País de eleição.

1 comentário:

Anónimo disse...

muito interessante