quinta-feira, 29 de novembro de 2007

idei@s_03...Portugal Global, um País do Mundo.

Por entre horas tardias, entre preparativos de aniversário com amigos com trocas de sms de última hora e trabalho pendente, procurei desesperadamente um refúgio, um momento de descanso, começando assim a folhear um novo livro que adiciono aos amontoados na minha mesa-de-cabeceira. Não que por esse facto o desvalorize, pois encaro o acumular de linhas ao meu alcance como algo reconfortante. O descanso e o trabalho pendente prolongaram-se e deram lugar por um lado a estas linhas e o por outro a um descanso tardio.

É sabido que, nós portugueses, temos uma certa tendência para ser um povo menos positivo e esquecer factos, momentos, decisões, instantes, que fizeram a nossa História e que nos permitiram e permitem afirmar que somos um País Global, um País do Mundo. Portugal, ao longo da sua História e desde a sua criação, afirmou-se como um País de referência. Teve fases de maior e menor actividade. Neste momento "despertou" e tão cedo não “adormecerá”.

Neste último livro que comecei a folhear, o autor reforça a ideia de que Portugal é rico, de que Portugal tem um passado, um presente e um futuro. Não podia estar mais de acordo. Tivemos reis que deram um nome a este País, tornando-nos numa referência no e para o mundo das navegações e da inovação. Tivemos e temos músicos reconhecidos internacionalmente, poetas aclamados mundialmente, cientistas nas mais prestigiosas instituições internacionais, políticos de diferentes ideologias que fizeram a diferença, treinadores que levaram o nome de Portugal a todas as casas. Temos uma geografia invejável, com praias paradisíacas onde ainda rebenta a cada segundo poesia e História. Em suma, Portugal tem história, tem poesia, tem arte, tem sabedoria, tem um acumular de casos de sucesso e de potencialidades que lhe permitem olhar para o futuro e assegurar a sua sustentabilidade e afirmar a sua posição neste novo jogo. Um jogo europeu. Um campeonato mundial: A Globalização.

Defendo que não podemos pensar no futuro, desprezando o presente e ignorando o passado. O desenvolvimento do nosso País, assenta inevitavelmente no seu percurso e em variáveis que com o tempo se ajustam às diferentes realidades da vida social, económica e politica. Temos por isso de estar preparados para os desafios que constantemente surgem nas nossas vidas. Portugal actualmente afirma-se como um País coeso, socialmente moderno e activo, actual, cosmopolita e inovador.

Um certo dia um amigo disse-me que o “caminho de uma vida” se deve fazer valorizando o colectivo e não o individual, a pró -actividade e não a passividade comodista, a humildade e não a presunção de que tudo se sabe, e a solidariedade, não o egoísmo desmedido. Penso que está na hora “acordar” e de olhar para este novo mundo como um mundo em permanente mudança, e compreender que não há descanso possível, que a essência da mudança reside em nós, pessoas, no colectivo, e que devemos assumir os actuais desafios que nos são colocados diariamente como algo real. Para reforçar a nossa posição temos que lutar contra esta cultura da desculpa, em que a desresponsabilização de uma participação cívica activa serve de base para contínuas manifestações de descontentamento desmedidas e infundamentadas. Não esqueçamos que somos os actores principais, e não por capricho, mas sim por necessidade, e por isso todos temos de assumir o nosso papel. Temos de ser mais cívicos, activos, participativos e globais

Este texto apenas pretende fazer parte das tantas e tantas linhas de optimismo em prol do nosso futuro, do futuro de Portugal, que circulam diariamente. Desafio todos os que se consideram optimistas a escrever umas linhas, ainda que seja por uma única vez e, depois, reflictam, se tal gesto foi proveitoso. A todos os outros, os que são pessimistas, apenas lhes peço que não deixem de ler essas linhas. Não esqueçamos que a aposta no colectivo faz parte do futuro.

Juntos poderemos contribuir para o sucesso desta missão. A de sermos melhores, de vivermos num Portugal Global e de termos um novo nós.

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